sexta-feira, 4 de junho de 2021

A menina de Maria Chiquinha

 



Fecha a porta                                                                               

Mariquinha

Que lá vem boi...

É mentira Mariquinha,

Não feche à porta, não!

Deixe-a aberta

Que lá vem a menina de Maria Chiquinha,

A que é filha de mainha,

Da Palmeirinha

A mãe de Joninha, 

A Lincha minha

E a nossa Dinha...

 

Os meus versos simples

Andava à sua procura

E, finalmente, a encontrou.

Meu coração transbordou de alegria

E a alma, até então vazia, se revigorou da noite pro dia.

Agora as palavras combinam em rimas, melodias

Transformando-se em poesia

Para dizer-lhe

Quão grandiosa és em nossas vidas,

A irmã minha.

 

Quando me pego a contemplar a beleza e força de uma vinca,

Tantas e tantas vezes ela me faz lembrar de Lincha,

Pois ao nascer em lugares mais improváveis,

A vinca vai se apresentando, ganhando espaço

Colorindo o ambiente

E, sem a gente perceber, domina tudo à sua volta.

É assim que eu sinto a menina de Maria Chiquinha,

A minha parceira de lambadas na cozinha,

Cartas e cartões em companhia

Sonhos e parcerias em sintonia...

 

Aquela que nasceu exprimida entre a sombra de duas irmãs

E o clarão do sol, vindo do primeiro varão da família...

Se a princípio o seu lugar parecia pequeno, ou mesmo não ter sobrado lugar para ela ali,

Enganou-se!

Ela não deixou se intimidar

E, como uma vinca,

Foi crescendo entre as frestas de sentimentos, criando raízes, folhas,

Pétalas

E cor...

O tempo passou tão depressa

E ela conseguiu atrair para si

Olhares, que muitas vezes, passavam despercebidos

Afetos, que pareciam improváveis,

Amor que parecia esgotado.

 

Mulher, filha, irmã, mãe

Cada uma com sua sintonia,

Seu tom,

Sua doçura...

Ela é um misto de gigante

Que protege     

E menina

Que deseja ser acolhida...

 

De olhar atento,

Palavra solta,

Sorriso largo

E coração leve,

Esta é Sandra.

 

Só lhe desejo a felicidade visceral  

E a embriaguez da serenidade.

Que as coisas boas da vida

Seja a ponte que lhe conduzirá

A novos tempos, encontros e reconexões... 

E que teus desejos se realizem hoje e sempre

Por merecimento,

Por gratidão,

Por doação...

É um prazer aprender, aportar em seu cais, irmandar essa vida contigo.

Te amo!

Feliz vida!


Alexandro Borges Batista

Juiz de Fora, 02 de outubro de 2020. (tempos de pandemia, mas de celebração, fé e aniversário).