Fecha a porta
Mariquinha
Que lá vem boi...
É mentira Mariquinha,
Não feche à porta, não!
Deixe-a aberta
Que lá vem a menina de Maria Chiquinha,
A que é filha de mainha,
Da Palmeirinha
A mãe de Joninha,
A Lincha minha
E a nossa Dinha...
Os meus versos simples
Andava à sua procura
E, finalmente, a encontrou.
Meu coração transbordou de alegria
E a alma, até então vazia, se revigorou da noite pro
dia.
Agora as palavras combinam em rimas, melodias
Transformando-se em poesia
Para dizer-lhe
Quão grandiosa és em nossas vidas,
A irmã minha.
Quando me pego a contemplar a beleza e força de uma
vinca,
Tantas e tantas vezes ela me faz lembrar de Lincha,
Pois ao nascer em lugares mais improváveis,
A vinca vai se apresentando, ganhando espaço
Colorindo o ambiente
E, sem a gente perceber, domina tudo à sua volta.
É assim que eu sinto a menina de Maria Chiquinha,
A minha parceira de lambadas na cozinha,
Cartas e cartões em companhia
Sonhos e parcerias em sintonia...
Aquela que nasceu exprimida entre a sombra de duas
irmãs
E o clarão do sol, vindo do primeiro varão da família...
Se a princípio o seu lugar parecia pequeno, ou mesmo
não ter sobrado lugar para ela ali,
Enganou-se!
Ela não deixou se intimidar
E, como uma vinca,
Foi crescendo entre as frestas de sentimentos, criando
raízes, folhas,
Pétalas
E cor...
O tempo passou tão depressa
E ela conseguiu atrair para si
Olhares, que muitas vezes, passavam despercebidos
Afetos, que pareciam improváveis,
Amor que parecia esgotado.
Mulher, filha, irmã, mãe
Cada uma com sua sintonia,
Seu tom,
Sua doçura...
Ela é um misto de gigante
Que protege
E menina
Que deseja ser acolhida...
De olhar atento,
Palavra solta,
Sorriso largo
E coração leve,
Esta é Sandra.
Só lhe desejo a felicidade visceral
E a embriaguez da serenidade.
Que as coisas boas da vida
Seja a ponte que lhe conduzirá
A novos tempos, encontros e reconexões...
E que teus desejos se realizem hoje e sempre
Por merecimento,
Por gratidão,
Por doação...
É um prazer aprender, aportar em seu cais, irmandar
essa vida contigo.
Te amo!
Feliz vida!
Alexandro Borges Batista
Juiz de Fora,
02 de outubro de 2020. (tempos de pandemia, mas de celebração, fé e
aniversário).